Retornei...

Preciso pedir desculpas, pois faz muito tempo que eu não posto nada no blog.
Sei que não é desculpa, mais eu fiquei meio deprimido depois que eu precisei trancar a matrícula da faculdade...problemas resolvidos e eu retornei a pouco tempo, estou extremamente bem animado, e vou conseguir postar coisas novas quase todos os dias...
E para começar bem esta nova fase, preciso criar uma receita com fígado de boi,  não é meu alimento favorito, mas tem que ser inusitada, tenho quinze dias para me inspirar e criar, qualquer dica é bem-vinda.
Abraço...

CRIAR vs. COPIAR

Sabe, algumas pessoas que viram o blog, me disseram que acham boas as ideias, mas que eu não deveriam passar as receitas, para que não fossem copiadas e tal... mas meu interesse é este, que sejam copiadas, e que vocês criem a partir das minhas receitas, que haja uma evolução. E me lembrei de uma frase que os professores vivem falando:

 “Queremos que vocês saiam da faculdade como criadores e não copiadores!”

Puxa e eu realmente quero ser um criador, e acredito que eu já sou... mas também acho legal copiar, de certo modo, copiando é uma das formas que temos de honrar  quem criou, eu me sinto muito honrado quando alguém diz que fez minha receita e adorou...já fiz receitas de grandes chefs, mousseline de mandioquinha do chef Laurent, foi um dos que me deu mais trabalho para reproduzir mais consegui...e também gosto das receitas de pessoas que cozinham somente para o seu prazer e da sua família, como as do blog da Mari(http://mundodamari.wordpress.com/), super legais e originais.

Vejo cada vez mais chefs revelando seus “segredinhos”, ontem o Mássimo Ferrari revelou a do seu famoso “Bolinho de Bacalhau”(http://www.receitas.com/maisvoce/bolinho-de-baccala-mantecato-4e01e1d9d7001a4105000cf7), mas o que eu queria dizer é que  para mim compartilhar receitas, não significa perder os direitos autorais dela ,mas sim, talvez até estabelecer um legado com ela, nem consigo imaginar se uma criação minha virar um clássico gastronômico.

E pra terminar vou usar uma frase da chef Roberta Sudbrack:

                               “A simplicidade bem executada, torna-se complexidade.”

Bolo de Feijão

Quero começar o post pedindo desculpa pela qualidade da foto, não sei o que aconteceu com minha câmera, mas ela decidiu não ligar...(foto de celular).
Como eu sempre faço, vou contar como me inspirei a criar a receita, gosto do sabor do feijão, mas eu não gosto da sensação pós refeição que ele traz, peso...aff! Me sinto mal, tem sido assim desde que eu terminei um tratamento de emagrecimento, não consigo comer nada muito pesado, até carne que eu adoro me faz mal.
Já tentei fazer torta com massa de feijão, recheio de feijão... até que ontém consegui o que eu queria, leve e com sabor indescritível.




Ingredientes:

300 gr de feijão(carioca, cozinho, temperado e frio, pode ser de um dia para o outro)
100 ml de leite
25 gr de manteiga
1 col de sopa de fermento

1/2 xíc de trigo(aproximadamente)


Modo de Preparo


Em um liquidificador bata o feijão até ficar bem liso, agregue os demais ingredientes, a farinha aos poucos, até chegar a consistência de massa de bolo mole, coloque em forminhas de fundo falso
(de pão de mel, pinceladas com manteiga), leve ao forno pré aquecido a 200ºC graus, por mais ou menos 40 minutos, espere esfriar um pouco e desenforme. Refoguei cebolas cortadas em meia lua e linguiça calabresa cortada em rodelas, temperadas somente com pimenta do reino, coloquei por cima do bolo e cobri com queijo mussarela, voltei ao forno para derreter e servi...vale a pena!
Façam e me contem!

Beijinho de Pinhão com Coulis de Pimenta Rosa e Acerola

Passei um tempo afastado da net, devido a alguns problemas de família, mais voltei com uma receita incrível, faz parte de uma apresentação de um trabalho da faculdade. Criação totalmente original!
Bem, semana passada eu tinha mencionado minha compra de especiarias e um triturador de grãos, tudo com o propósito desta apresentação, acreditamos que tenha ficado muito bom, é só perguntar para os demais acadêmicos que degustaram...foi feito inspirado no livro Cartas a um jovem Chef, do chef Laurent. Ele fala sobre a importância de valorizar os ingredientes regionais, e esta foi nossa adaptação:

Ingredientes do Beijinho:

200 gr de pinhão descascado e triturado(pode ser até ralado)
1 caixa de leite condensado
50 gr de manteiga
Misturar em uma panela, levar ao fogo até aparecer o fundo.

Ingredientes do Coulis:

25 gr de pimenta rosa(triturada)
200 ml de água
3 un de cravo da índia
200 gr de polpa de acerola(pode ser fresca coada)
Misturar a pimenta na água e o cravo, levar em fogo brando até reduzir pela metade(importante: não tampar, não mexer, não adoçar e iniciar com o líquido frio, faz parte do procedimento para o praparo de fundos, ou como são mais conhecidos caldos), coar cuidadosamente, voltar a panela e adicionar a polpa, até o ponto de fio, se necessário engrossar com amido de milho.

Ingredientes da Farofa:

70 gr de pinhão bem triturado e seco no forno
1 colher de café de canela
1 colher de chá de açúcar
Misturar os ingredientes e servir em cima do doce(beijinho, coulis e farofa)

Sei que pode parecer muita coisa a ser feita, mas esta receita é bem simples, e é certeira, fizemos três testes até dar este resultado.Como o que disse acima, não adoce o coulis, é bem interessante o contrate entre o doce e o azedinho da acerola.

Feliz com a mais nova compra...

Simplesmente adorei este moedor de grãos da Walita, qualquer coisa que você coloca nele ele transforma em pó,(pimenta, canela, cravo, cominho, cardo momo...), ótimo!

Eu já tinha o liquidificador que é a base dele, que também é ótimo. Na verdade eu comprei o liquidificador para futuramente comprar o moedor, mas demorei a comprar-lo, pensei que não fosse encontrar mais, mas achei, quase uma semana de espera e chegou...como o título já diz: Feliz!

Ah! Este é o liquidificador:

Leitura que inspira...

Dentro da matéria de Habilidades Básicas, a professora nos pediu para fazermos uma resenha crítica e criativa, sobre o livro Cartas a um Jovem Chef, do chef Laurent Roland Suaudeau, me surpreendi com o livro, realmente muito bom, a quem se interessa em gastronomia eu indico. Ele demonstra o amor pela alta gastronomia, e acima de tudo com simplicidade, conhecimento e respeito.

E já na fase de conclusão e entrega do trabalho eu estou bem animado, tive muitas idéias para apresentá-lo criativamente, e em breve colocarei mais coisas sobre isto aqui.

Repondo

Ontem repus algumas especiarias aqui em casa. Olhem só os potinhos que eu uso para armazená-las, eu reutilizei, são potes de creme de avelã(redizir, reutilizar e reciclar, este é meu lema).

Bem... o que ia dizer é que durante uma das minhas aulas de Análise Sensorial, a professora falou sobre a pimenta rosa, para darmos importância às matérias primas brasileiras, e disse que a pimenta rosa é conhecida aqui como aroeira, uma frutinha que muitos criadores de pássaros usam para alimentá-los. Quando ela disse isso eu pirei, porque no sítio dos meus pais sempre teve aroeira, e eu não me conformei com o fato de ter este produto sempre por perto e nunca ter aproveitado. Outra coisa, quando eu era criança odiava a aroeira, ela solta a seiva, e parece que ela tem uma ótima mira, pois sempre acertava no cabelo da gente, e não tinha o que fazer, tinha que cortar...
Então resumindo, comprei pimenta rosa, estou criando uma receita bem exótica, e logo logo estará aqui.
Paguei 5 reais em 100 gr, ou seja 50 reais o kilo, e só paguei isto porque não é época!